Degeneração Macular Relacionada à Idade e a importância do acompanhamento com especialista

Publicado: 18 de Março de 2021
Como se sabe, com o avançar da idade, ocorrem inúmeros processos de envelhecimento considerados “normais” em todo nosso corpo, inclusive nos olhos.

Um desses processos de envelhecimento, em seu estágio mais avançado, é a denominada degeneração macular relacionada à idade (DMRI), a qual afeta a mácula, parte da retina responsável pela visão central, necessária para a leitura, reconhecimento das pessoas, dentre outros. Atualmente trata-se da principal causa de cegueira legal e irreversível em indivíduos acima dos 50 anos.

Na fase inicial da doença, o quadro se mostra mais assintomático, o que pode dificultar seu diagnóstico precoce. No entanto, com o avanço da doença, alguns sintomas visuais começam a aparecer, tais como: presença de mancha escura na visão central; distorção da visão central; perda da intensidade ou brilho das cores; dificuldade em reconhecer rostos; dificuldade para ler sob luz padrão...


                                                      

Embora a carga genética seja muito significativa para o desenvolvimento da patologia em questão, existem alguns fatores de risco para tanto. A saber, seguem alguns:

- Idade acima dos 50 anos (principal fator de risco);
- MRI quando associada a drusas moles;
- Histórico familiar da doença (carga genética);
- Catarata- particularmente a opacidade nuclear;
- Exposição excessiva à luz solar;
- Biomarcadores para doença cardiovascular, a saber, tabagismo, obesidade e hipertensão.

Em apertada síntese, a DMRI apresenta-se de duas formas:

 
  1. Seca/ não-exsudativa: é a forma mais comum da doença. É causada por uma atrofia lenta e progressiva dos fotorreceptores, epitélio pigmentar da retina e coriocapilar, em razão da presença de drusas que se acumulam sobre a mácula. Apresenta-se como uma diminuição gradual da visão central ao longo de meses ou anos. Nesta forma, o tratamento não se torna possível. Destaca-se que a DMRI seca pode se transformar na sua forma úmida.
 
  1. Exsudativa/ úmida: É a condição mais severa da DMRI. É causada pela neovascularização da coróide (NVC), ou seja, devido à formação de novos vasos sanguíneos anormais, e a perda visual inicial associada à NVC geralmente é provocada por vazamento de sangue e soro sob a retina (fluido sub-retiniano), dentro da mácula (edema de mácula) e sob o epitélio pigmentado da retina (podendo causar seu descolamento). Este tipo de perda visual por acúmulo de liquído é potencialmente reversível.

Nesta forma de DMRI alguns tratamentos, a depender de cada quadro, podem ser de significativa importância e de resultados satisfatórios, tais como a terapia com ANTI-VEGF.

Contudo, vale destacar que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, razão pela qual o acompanhamento com seu oftalmologista especialista se mostra de suma importância, tanto para avaliação do quadro, identificação da forma (seca ou exsudativa), sua evolução e definição de eventual tratamento, a fim de preservar a visão.

 


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Dr. Jayme Adalberto Alves Junior
CRM/PR 24.584

- Graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina-PR
- Residência médica em Oftamologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
- Fellowship em Retina e Vitreo pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP